Antonio Garcia
Informações pessoais
Conhecido por
Diretor(a)Creditado em
3 filmesGênero
MasculinoNascimento
-Local de nascimento
Duque de Caxias, Rio de Janeiro, BrazilTambém conhecido como
-Antonio Garcia
Biografia
Superoitista de longeva trajetória no contexto da Abertura Política no Rio de Janeiro, Antonio Garcia realizou praticamente duas dezenas de curtas e médias-metragens na bitola entre 1977 e 1983 que se caracterizam pela permeabilidade com os processos políticos e históricos em jogo e pela radical experimentação de linguagem. Trata-se de obras que, enquanto registros de fundamental importância sobre o processo de redemocratização e sobre um pensamento de cinema de uma geração de realizadores radicados no Rio de Janeiro muito ativos nos movimentos políticos, se revelam indispensáveis para o debate crítico em torno da experimentação no Super-8. Nascido em 1956 em Duque de Caxias, na baixada fluminense, sua trajetória no superoitismo tem início no momento no qual cursava psicologia na UFRJ, quando engajou-se em um projeto coletivo junto a colegas da Escola de Comunicação da UFRJ no Vidigal que daria origem a Niemeyer 314 (1978). No mesmo período, fez um curso de formação com duração de um semestre na Cinemateca do MAM-RJ, que incluía, entre seus professores, nomes como José Carlos Avellar, Sérgio Santeiro e Ronald Monteiro, o que o aproximou de toda uma geração de jovens realizadores, estreantes na bitola já no contexto da Abertura Política, como Rudi Santos, Clóvis Molinari Jr., Ricardo Favilla, Sidney Moura, André Andries, Cido Marques, entre muitos outros. No mesmo período, o cineasta engaja-se em coletivos de Super-8 — como o Grupo Super-8 Rio, com o qual firmam parceria com a Fundação Gulbekian —, assim como participa de filmes coletivos, caso do Cine-Jornal Lente Divergente. Sindicalista, ligado ao sindicato dos bancários, Garcia dedica inúmeras obras às greves realizadas no período, como O Leão Tá Solto (1979), Companheiro Bancário (1979), e, já em vídeo, Foi Legal: A Greve no BB (1989). Para além destes, nota-se um segundo núcleo de filmes que evocam olhar sobre os dilemas da esquerda a partir de uma perspectiva histórica, desde os anos 30, como Trinta (1980) e Trabalhadores do Brasil (1981), até os anos da Ditadura Militar, caso de Nos Anos 70 (1980), Mitologia (1981) e Nós (1980). Entre eles, destaque para A Debutante (1979), Para Deputado (1978), e Em Frente (1982). A defesa de um cinema minoritário – o Super-8 – é tema de outro núcleo de filmes, caso de Quem Quiser Fazer Que Faça Agora (1981), Piruetas Metafóricas (1981, parceria com Maurício Ruiz), e Do Moderno ao Contemporâneo (1981). Por fim, cabe destacar um último núcleo de filmes, de maior metragem e mais permeáveis ao entrelaçamento com o campo ficcional, concebidos em um momento no qual o cineasta, com a colaboração de um grupo de atores, exercitava novas formas experimentais de narrar, caso de Interregno (1982) e Ao Sabor da Vida (1983), realizados em um período no qual o Super-8 pouco a pouco passa a perder força e os espaços de debate e exibição mínguam, razão do realizador ter, pouco depois, abandonado a bitola, voltando a filmar, anos mais tarde (a partir de 1989) em vídeo. (Adaptado da apresentação de "Por Outro Cinema: O Super-8 de Antonio Garcia," mostra exibida na Cinemateca Brasileira com curadoria de Felipe Abramovictz e Luna Alkalay)Conhecido por
Departamentos
- Diretor(a)
Ordenação
- Ascendente
- Descendente
Diretor(a)
- 1978
- 1979
- 1981
- 1988
- Produção